O Instituto Ciências do Mar (ICMar) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) completou nesta quarta (31) um ano de implantação e, para marcar a data, realizou o I Fórum de Ciências do Mar e Comunidade Marítima, no auditório da UFMA. O objetivo principal foi promover as ciências do mar, apresentando o ICMar e seu navio laboratório Ciências do Mar II, bem como integrar o Instituto ao corpo técnico do Estado.
Estavam presentes representantes das universidades federal e estadual, da Marinha do Brasil, de empresas de logística portuária, professores e alunos. A reitora da UFMA, Nair Portela, disse que o ICMar foi “um grande passo da UFMA, proporcionando ensino, pesquisa e extensão na área das ciências do mar”.
O comandante do 4º Distrito Naval (Belém-PA), vice-almirante Edervaldo Abreu Filho, abriu a programação de palestras, com o tema A Marinha do Brasil no portal da Amazônia. Ele elogiou a iniciativa da UFMA e disse a “nossa vocação é a de um país marítimo”. Em seguida, o capitão dos Portos do Maranhão, comandante Marcio Ramalho Dutra e Mello ministrou sobre A CPMA e a atividade portuária em São Luís.
Também fizeram apresentações o pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação da UFMA, Allan Kardec – Políticas de pesquisa, pós-graduação e inovação na Amazônia; o diretor do ICMar, Audalio Rebelo – O ICMar navegando para o futuro; o diretor do Instituto de Energia Elétrica (IEE) da UFMA, Osvaldo Mendez – Matrizes energéticas alternativas – Baía de São Marcos; e a Associação dos Práticos do Estado do Maranhão – Atividades de Praticagem em São Luís.
O ICMar é parceiro da Fundação Sousândrade (FSADU) que esteve no evento e conversou com o vice-diretor do ICMar, professor Francisco Dias, para o Portal da FSADU. Confira a entrevista abaixo:
ENTREVISTA: Francisco Dias
Cronograma do navio laboratório começa a ser definido
Quais avanços neste primeiro ano do ICMar?
Francisco Dias– Foram muitos. Primeiro, o ICMar foi criado pela UFMA para receber o navio Ciências do Mar II, e isso aconteceu em 14 de agosto deste ano. De lá pra cá, viemos trabalhando com a Marinha do Brasil para regularizar o navio, que já está regularizado, além de contratar tripulação, organizar processos licitatórios, participar de reuniões com o Ministério da Educação para aporte de recursos de manutenção do navio, de forma que a gente possa dirimir as desigualdades regionais na formação nas ciências do mar no Brasil.
Os alunos já podem utilizar o navio como laboratório?
Francisco Dias– O navio está plenamente navegável, faltando pequenas partes de equipamentos que deverão chegar até o início do ano que vem. Porém, com os equipamentos que as universidades têm hoje o navio já pode ser utilizado para seu objetivo que é o de laboratório de ensino flutuante . Para isso, reuniremos até nesta quinta (01) com todos os coordenadores do curso de Engenharia de Pesca e de Oceanografia do Norte, Maranhão e Piauí pra discutirmos um calendário comum do uso do navio 2019-2020. Vamos decidir as datas para atendermos toda a região Norte e os dois Estados do Nordeste.
Além do navio, este primeiro fórum é um grande passo do ICMar, não?
Francisco Dias– Sem dúvida. O navio é a cereja no bolo, mas a gente não pode esquecer que as ciências do mar são feitas por pessoas. Nós temos que conhecer o que as universidades fazem, aprender com a Marinha do Brasil, grande parceira neste momento, assim como a Empresa Maranhense Portuária (EMAP). Queremos atender aos atores locais estaduais; a Universidade Estadual do Maranhão se faz presente neste fórum, assim como a UFMA e várias instituições do Maranhão e Piauí. Temos certeza de que é o primeiro de muitos. Queremos que ele seja anual, para trocarmos experiências, acertar o que pode ser melhorado e fazer nossas contribuições para as ciências do mar chegarem aonde merecem.