O historiador, mestre em Educação pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e reitor do Instituto de Educação do Maranhão (IEMA), Jhonatan Almada, é o novo membro da Academia Caxiense de Letras. Ele foi empossado no último sábado, 17, entre familiares e agora confrades. A diretora-presidente da Fundação Sousândrade (FSADU), Evangelina Noronha, e a coordenadora de projetos especiais, Janilda Junqueira, prestigiaram o evento.
Jhonatan Almada nasceu em Caxias, onde morou até a idade adulta, quando mudou-se para São Luís para estudar e fixar residência, embora não deixe de retornar à cidade natal. “Tenho um vínculo muito forte com Caxias, minha família continua morando aqui. Regularmente estou presente, tanto por motivos familiares como também profissionais, pois aqui também tem uma unidade do IEMA e nós temos trabalho na educação profissional e científica em Caxias”, disse.
Entre livros autorais e coautorais, ele tem 23 obras, sendo a última “Os dez anos da cassação de Jackson Lago”. “Eu tenho uma produção não tanto literária, mais ligada aos temas da educação, da ciência, do desenvolvimento e do planejamento e algumas pesquisas”, disse ele ao portal da FSADU, minutos antes de ser empossado.
O conselheiro da Fundação Sousândrade e também membro da ACL, Raimundo Palhano, foi o responsável pela saudação e recepção ao novo membro da Academia que passa ocupar a cadeira 21, precedida por Teófilo Dias, sobrinho de Gonçalves Dias.
Na apresentação ao público que lotou o auditório da Academia, Palhano referiu-se a Jhonatan como “pessoa de mente inquieta e coração de estudante”. Entre suas obras, ele destacou “Biblioteca básica maranhense” e “Casa dos guarás”.
Ao tomar posse, Almada disse que “estava em casa”, e emendou: “Ninguém se demite do próprio passado”. Ressaltou a trajetória de Teófilo Dias, falecido aos 34 anos, no século 19, e, ao portal da Fundação Sousândrade, falou sobre o papel das Academias de Letras:
“As instituições culturais têm o papel de preservar a memória das ciências, das artes, das Letras. E quando um acadêmico chega, ele traz um pouco do que já fez e, ao mesmo tempo, assume a responsabilidade de contribuir para essa preservação e trazer também o seu tom, a sua cor, para o trabalho que é feito pelos acadêmicos que já integram a Academia Caxiense de Letras”.
E finalizou: “As Academias cumprem papel fundamental, que é preservar essa memória. Colocar luz sobre as pessoas que estão produzindo conhecimento e que moram na cidade, que têm vínculo com a cidade, e transmitirem esse conhecimento para as novas gerações que frequentam a Academia, dialogam com os acadêmicos e têm acesso ao acervo da biblioteca para suas pesquisas”.
Na programação– Na mesma noite, foi empossada como membro da ACL a artista plástica caxiense Tita do Rêgo Silva, autora de cerca de 30 livros sobre xilogravura e que contabiliza lançamentos em cerca de 200 países.
Ainda como parte da programação da cerimônia, foram lançados os livros “Mosaico” (poesia), de Ana Lúcia Pinto Gonçalves, “Crônicas do cotidiano na visão de um psiquiatra”, “Traços humanos- seu viver cotidiano” e “Álcool e outras drogas- acidentes e violências”, do psiquiatra Ruy Palhano, também membro da ACL.